O delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143.a Delegacia de Itaperuna, que investiga o caso, diz que os adolescentes se referiam às vítimas usando nomes de personagens do game. “Eles não jogavam esse jogo, mas eram fãs e tinham acesso pelos canais da internet. É um jogo com conteúdos muito violentos”, diz.
Conforme o delegado, algumas postagens dos adolescentes em seus perfis já faziam referências a conteúdos violentos do jogo. “Analisamos os perfis onde dá para perceber essa exposição de conteúdos violentos, inclusive o conhecimento de um filme que fala de assassinatos e mortes.”
As conversas também revelam que o distanciamento entre eles, imposto pelos pais, incomodava o casal e esta foi uma das motivações para os homicídios. A outra, segundo o delegado, foi a ganância do adolescente, que pretendia ficar com o dinheiro da venda de um carro e de um imóvel da família.
A investigação apontou que a garota teve participação ativa. Segundo o delegado, ela sugeriu que o adolescente mostrasse que “era homem” e fizesse algo para vê-la pessoalmente, o que foi interpretado pela polícia como chantagem emocional.
Os dois se conheceram há seis anos – quando tinham cerca de 8 anos – por meio de jogos online e, com o tempo, passaram a namorar virtualmente. O relacionamento ficou mais intenso há cerca de um ano. A garota mora em Água Boa, no Mato Grosso, a 1,8 mil quilômetros de Itaperuna.
Segundo o delegado, os pais proibiam o contato entre eles. “Houve um ultimato acerca do término do relacionamento, caso não se encontrassem pessoalmente, dado pela adolescente”, disse. Isso teria levado o rapaz a tentar conseguir dinheiro a qualquer custo”, diz o delegado.
Fonte: Uol